terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Sejam todos bem vindos



                                                                     http://medicinaunp.blogspot.com/2010_02_01_archive.html


     Sejam todos bem vindos ao início das aulas ou a continuação delas...


     O grupo do LAP-SUL que receber a todos os novos estudantes e aos veteranos para mais um jornada na vida de todos aqui em nossa instituição ``CESNORS/UFSM``.


     Torcendo para que todos consigam  encontrar o seu caminho e a sua felicidade...







Variabilidade da resistência a penetração do solo em função da dimensão da malha amostral


     O conhecimento da variabilidade espacial das propriedades físicas do solo pode contribuir na definição de melhores estratégias para o manejo sustentável do solo (SCHAFFRATH et al., 2008). Neste sentido, torna-se relevante estudar os indicadores de qualidade física dos solos. Segundo Bottega et al. (2011) tais indicadores devem se relacionar diretamente à produção das culturas e que sejam suficientemente potentes para medir a capacidade do solo de fornecer adequada aeração e quantidade de água para o crescimento e expansão do sistema radicular, da mesma forma que devem medir a magnitude com a qual a matriz do solo 
resiste à deformação. Dentre os principais indicadores, destaca-se a resistência do solo à penetração (RP).
     A RP tem sido adotada como indicativo da compactação do solo, por apresentar relações diretas com o desenvolvimento das plantas e por ser mais eficiente na identificação de estados de compactação comparada à densidade do solo (SILVA et al., 2003). 
     Desta forma, a avaliação e o monitoramento das camadas de impedimento mecânico do solo ao desenvolvimento radicular, tornam-se ferramenta importante para caracterizar a evolução de sistemas agrícolas. E também, para servir como subsídio indispensável a ser usado no planejamento e direcionamento das práticas de cultivo empregadas dentro de uma propriedade agrícola (TORRES & SARAIVA, 1999). 
     A utilização de técnicas geoestatísticas permite avaliar e descrever detalhadamente a distribuição espacial das propriedades do solo, como a RP (SCHAFFRATH et al., 2008).  Esta técnica, além de considerar o valor de cada ponto amostral, também associa a posição geográfica em que se encontra, possibilitando que amostras próximas tenham valores mais semelhantes e sejam mais correlacionadas do que amostras mais distantes do ponto de referência (SILVA et al., 2003).
    A partir da obtenção de dados georreferenciados e auxílio da geoestatística, a construções de mapas com os valores obtidos por meio de krigagem são importantes para a verificação e interpretação da variabilidade espacial (GREGO & VIEIRA, 2005). Os autores complementam, afirmando que  a análise geoestatística dos dados é completada com as informações mostradas nos mapas, que são visualmente comparadas para o entendimento da variabilidade das propriedades físicas e hídricas do solo no campo, e que são úteis nas tomadas de decisões.
     No entanto, ainda ha uma carência de informações que definam qual a intensidade amostral (dimensão da malha) necessária para a obtenção de informações acuradas. Assim, a determinação de um número de amostras que assegure a obtenção de um valor médio confiável, permitirá economia de tempo e trabalho, havendo uma relação custo benefício positiva por meio da acurácia na avaliação com menor custo (TAVARES FILHO & RIBON, 2008).
     Neste contexto o objetivo do trabalho foi avaliar a influência da dimensão da malha amostral na identificação da variabilidade espacial da RP do solo em área manejada sob sistema plantio direto.

Conclusão

     A área estudada apresenta variabilidade espacial nos valores de RP do solo, tanto horizontalmente como verticalmente. Conforme reduz o tamanho da malha, há maior confiabilidade na definição de zonas compactadas, onde,  das dimensões de malhas amostrais  estudadas, a mais recomendada para  avaliação da RP do solo a campo é a  50 x 50 m;
     Na profundidade de 20 cm, identificou-se a camada de maior impedimento (compactada) a penetração 
radicular. Algumas estratégias de manejo poderiam ser utilizadas para minimizar  os efeitos e/ou evitar o agravamento  da compactação do solo, tais como: 
a) Introdução de plantas recuperadoras do solo, ou seja, elaborar um plano de rotação de culturas na área, 
incluindo plantas com grande produção de fitomassa e sistema radicular profundo, possibilitando melhorias na estrutura do solo no perfil, a partir do rompimento das camadas compactadas;
 b) Evitar o tráfego de máquinas e equipamentos na lavoura, especialmente, em condições de alta umidade, 
onde o solo apresenta maior susceptibilidade à compactação; 
c) Escarificação mecânica em pontos críticos (sítios específicos), evitando o revolvimento e conseqüentemente desestruturação do solo em locais da área não compactados. Cabe lembrar, que a compactação proveniente do manejo do passado (plantio convencional) em camadas superiores a 20 cm dificilmente spoderá ser resolvida com estratégias mecânicas o que requer de fato estratégias de manejo que contemplem, em planos de rotação, espécies com sistema  radicular capazes de ir além dessa camada como guandu, crotalária ou mesmo o nabo. 





Maurício Roberto Cherubin
Antônio Luis Santi
Claudir José Basso
Mateus Tonini Eitelwein
André Luis Vian


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Mapas de produtividade na agricultura de precisão


      O crescente avanço da informática, tecnologias em geoprocessamento, sistemas de posicionamento global e muitas outras tecnologias estão proporcionando à agricultura uma visão diferente de propriedade, deixando de ser somente uma unidade e sim várias propriedades dentro da mesma, porém com características específicas. Esta mudança na forma de fazer agricultura, está tornando cada vez mais o produtor rural um empresário rural, por controlar cada vez mais a linha de produção. 
       Isto é necessário para que se entenda que uma propriedade não é homogênea por isso, deve-se tratar cada parte conforme as suas necessidades, fazendo com que o produtor tenha o conhecimento detalhado de cada talhão de sua área.
    De acordo com a revista técnica Fieldstar, a agricultura de precisão oferece vantagens ao empresário agrícola que são:
• Aumento dos lucros da propriedade rural, através do aumento dos rendimentos e da redução de custos;
• Melhor gerenciamento, permitindo um planejamento mais efetivo das operações;
• Gerenciamento de custos através da geração automática de registros do talhão;
• Proporcionar ao agricultor uma rastreabilidade que possibilite agregar valor aos produtos da fazenda;
• Reduzir o impacto ambiental das práticas agrícolas.

     Uma das principais ferramentas da Agricultura de Precisão é o mapa de produtividade, sendo assim, o mapa de colheita é a informação mais completa para se visualizar a variabilidade espacial das lavouras, para isso é necessário que haja um sistema de registros de dados para máquinas agrícolas, que tenha capacidade de registrar dados de produtividade georeferenciados ou então a posição de amostras de solo coletadas em campo. 

Mapeamento de Produtividade

      Para Molin (2000), inicialmente assume-se que o mapa de produtividade de um talhão é um conjunto de muitos pontos. Por ponto entende-se aqui uma pequena porção da lavoura, sendo que, o dado mais importante é a quantidade de grãos colhidos naquele determinado ponto, e enfatiza que é necessário conhecer a posição espacial deste ponto. 
        A geração e a interpretação de mapas de produtividade de culturas agrícolas é um dos segmentos da agricultura de precisão, que tem recebido especial atenção de pesquisadores e de fabricantes de máquinas agrícolas, em face de sua importância no contexto do entendimento do processo da variabilidade espacial da produção agrícola e na definição de ações de manejo agronômico, que visam o aumento e manutenção sustentada dos índices de produtividade de uma lavoura agrícola.
     O Mapa de Produtividade produz informações detalhadas da produtividade do talhão e dá parâmetros para diagnosticar e corrigir as causas de baixas produtividades em algumas áreas do talhão, os mapas são gerados em (kg/ha ou sc/ha), como mostra a Figuras 1 e a Figura 2, através da localização dada pelo GPS e mais as informações disponibilizadas pelos sensores instalados na máquina, como o sensor de produtividade e o sensor de umidade. 
       O mapeamento de produtividade é uma ferramenta disponível que propicia uma maneira econômica de coletar uma grande quantidade de dados dentro do talhão, esses mapas gravam de 500 a 800 pontos de dados por hectare.
      A produtividade também é um indicador de êxito ou fracasso das operações de gerenciamento, uma vez que reúne todos os fatores que influenciaram no desenvolvimento do cultivo. Sendo que, a renda da propriedade depende basicamente da quantidade e qualidade do cultivo, os mapas de produtividade tornam-se parte essencial de um sistema de agricultura eficiente.
online02 1 Mapas de produtividade na agricultura de precisão
Figura 1: Mapa de produção de soja 2001

online02 2 Mapas de produtividade na agricultura de precisão
Figura 2: Mapa de produção de soja 2003


Daniely Vaz Rodrigues da Silva - agro_dany@yahoo.com.br
Maria Ubaldina Ferreira Antunes - dinantunes@yahoo.com.br
Junior Girotto - juniorgtto@yahoo.com.br
Pedro Otávio Mello Felipe - pedrotavio@yahoo.com.br
Luiz Fernando Sangoi - sangoi@smail.ufsm.br
Enio Giotto - giotto@ccr.ufsm.br
Universidade Federal de Santa Maria – UFSM
Departamento de Engenharia Rural
Prédio 42- Campus Universitário – Camobi
CEP 97105-900 Santa Maria – RS, Brasil

Projeto de agricultura de precisão na cultura do algodão apresenta resultados


      Um projeto da Rede de Agricultura de Precisão desenvolvido entre a Embrapa Algodão e a empresa SLC, com sede no Rio Grande do Sul, e com outras nove propriedades em regiões do Brasil já apresentou os primeiros resultados do emprego da técnica na cultura do algodão.

     A avaliação foi realizada na safra de algodão 2010/2011 na fazenda Pamplona, pertencente ao grupo empresarial, em Goiás, onde são cultivados 10 mil hectares. Os resultados foram apresentados ontem, 22, durante a segunda convenção da Rede de Agricultura de Precisão que está sendo realizada na Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP), até sexta-feira, 25.

     De acordo com a pesquisadora Ziany Neiva, da Embrapa Algodão, foram avaliados vários parâmetros da cultura, entre eles, o de espectrorradiometria de campo. Nesta técnica, o equipamento é acoplado a um notebook, com saída em fibra ótica e avalia como as folhas refletem a luz do sol. Ziany informou que as avaliações nutricional e de crescimento, que incluem a altura da planta e a análise do tecido foliar, são utilizadas para recomendação da adubação, visando à elevação da produtividade da cultura. Ainda nesta área, com base na análise de solo, o pesquisador José da Cunha Medeiros já programou a realização de outro experimento com a aplicação de 6 doses de fósforo na área que apresentou deficiência  para calibração deste nutriente.

     A parceria com a empresa privada foi fundamental na visão da pesquisadora para obtenção dos resultados empregando a técnica de agricultura de precisão, sem a qual, segundo ela, não seria possível chegar a essa conclusão. Ziany avaliou, com base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que nos últimos 30 anos – período de 1980 a 2010/2011, enquanto a área plantada com algodão no Brasil foi reduzida de 4 milhões de hectares para 800 mil hectares, a produção cresceu em proporções similares, saindo de 500 para 4.100 quilos por hectare, graças ao emprego de novas tecnologias.
Joana Silva(MTb 19554)
Embrapa Instrumentação
            16 21072901      

Embrapa terá Laboratório de Referência Nacional em Agricultura de Precisão


     A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), terá um Laboratório de Referência Nacional em Agricultura de Precisão, em São Carlos (SP). O Laboratório contará com infraestrutura para pesquisar e desenvolver máquinas e equipamentos, realizar testes de conexão entre diferentes fabricantes, tanto laboratorial quanto em campo, promover eventos para compatibilizar conexão e integrar diferentes sistemas, instalar sistema de suporte de informática e geoinformática para desenvolvedores, realizar testes de desempenho de campo com sistema integrado, ter lavouras, em campos experimentais, de culturas mais importantes para o país como soja, milho, mandioca, pastagem (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), café, cana-de-açúcar, entre outros

“Esse novo espaço permitirá potencializar uma área da fronteira do conhecimento, de extrema relevância para o futuro da agricultura brasileira, ajudando a torná-la mais competitiva numa época em que a globalização provoca uma feroz disputa de mercados. Além disso, irá criar um ponto de conexão entre as atividades de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação em Agricultura de Precisão, com infraestrutura para suportar atividades transdisciplinares”, avalia o diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes.

     Os recursos para a implantação do Laboratório de Referência Nacional em Agricultura de Precisão, na ordem de R$ 7.144.081,00, foram conquistados com o apoio do Congresso Nacional por meio de emendas parlamentares aprovadas em 2010. O Laboratório atenderá à toda rede nesse segmento e também traz um modelo de parceria na gestão envolvendo dois centros de pesquisa, a Embrapa Instrumentação - que há mais de duas décadas se dedica ao tema - e a Embrapa Pecuária Sudeste - que terá importante contribuição na área de Zootecnia de Precisão e cederá o espaço físico para a implantação do laboratório, que deverá ocorrer a partir do segundo semestre de 2011.

Tecnologia para todos

     A Agricultura de Precisão (AP) não está relacionada somente ao uso de alta tecnologia, já que os seus fundamentos podem ser empregados no dia a dia em pequenas propriedades para organização e controle das atividades, dos gastos e produtividade em cada área. Ela visa o gerenciamento mais detalhado do sistema de produção agrícola como um todo, não somente das aplicações de insumos ou de mapeamentos diversos, mas de todo os processos envolvidos na produção. 

     Para o pesquisador Ricardo Yassushi Inamasu, da Embrapa Instrumentação, coordenador da Rede de Agricultura de Precisão, a AP nada mais é que uma postura gerencial que pode ser adotada por todos os produtores rurais - desde os agricultores familiares até os exportadores - e pode ser empregada em todas as culturas, de qualquer região. “É mito achar que só o grande produtor pode usar a técnica, quando até com uma simples prancheta se pode fazer uma mapa de produtividade”, afirma o pesquisador. 

A Rede de Agricultura de Precisão

     A Embrapa já desenvolve pesquisas em AP desde a década de 80. Em 2009 iniciou um projeto orçado em quase R$ 7 milhões – dos quais investe R$ 2,5 milhões de forma direta - para a criação da Rede de Agricultura de Precisão II. Ela envolve 19 unidades da Empresa, além de parceiros de universidades, institutos de pesquisa e empresas, num total de 214 pesquisadores e inclui 15 unidades experimentais distribuídas nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país, com pesquisas em 11 culturas perenes e anuais e cerca de 100 atividades de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação. 

Os principais objetivos da Rede de AP são:   
                   

  • Gerar tecnologias para otimizar a aplicação racional de insumos, para reduzir riscos e degradação ambiental e maximizar o retorno econômico;

  • Estudar as causas da variabilidade espacial e temporal das respostas dos sistemas produtivos;

  • Desenvolver mecanismos e procedimentos para a construção de sistemas de suporte à tomada de decisão em sistemas produtivos;

  • Mensurar a eficiência econômica e ambiental pela adoção de tecnologias da AP;

  • Disseminar as tecnologias e avaliar o nível de adoção da AP no Brasil.

     Para dar suporte às atividades da Rede de AP, com dimensão nacional, a Embrapa está investindo mais R$1,2 milhão para aquisição de equipamentos de uso compartilhado, com recursos provenientes do Plano de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa (PAC Embrapa). Além desses recursos, a Embrapa ainda está recebendo o apoio de R$2,3 milhões da 
Financiadora de Estudos e Projeto (FINEP) para projeto de desenvolvimento de eletrônica embarcada para Agricultura de Precisão, conquistados numa chamada pública de 2008.

     A iniciativa privada tem interagido com a Rede de AP por meio de várias empresas.  Já o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - via Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo - está trabalhando no levantamento para formular uma política pública para Agricultura de Precisão.

Joana Silva (MTb 19.554)
Edilson Fragalle  (MTb 21.837) 
Embrapa Instrumentação (São Carlos/SP)
Contato:             (16) 2107-2901