Um projeto da Rede de Agricultura de Precisão desenvolvido entre a Embrapa Algodão e a empresa SLC, com sede no Rio Grande do Sul, e com outras nove propriedades em regiões do Brasil já apresentou os primeiros resultados do emprego da técnica na cultura do algodão.
A avaliação foi realizada na safra de algodão 2010/2011 na fazenda Pamplona, pertencente ao grupo empresarial, em Goiás, onde são cultivados 10 mil hectares. Os resultados foram apresentados ontem, 22, durante a segunda convenção da Rede de Agricultura de Precisão que está sendo realizada na Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP), até sexta-feira, 25.
De acordo com a pesquisadora Ziany Neiva, da Embrapa Algodão, foram avaliados vários parâmetros da cultura, entre eles, o de espectrorradiometria de campo. Nesta técnica, o equipamento é acoplado a um notebook, com saída em fibra ótica e avalia como as folhas refletem a luz do sol. Ziany informou que as avaliações nutricional e de crescimento, que incluem a altura da planta e a análise do tecido foliar, são utilizadas para recomendação da adubação, visando à elevação da produtividade da cultura. Ainda nesta área, com base na análise de solo, o pesquisador José da Cunha Medeiros já programou a realização de outro experimento com a aplicação de 6 doses de fósforo na área que apresentou deficiência para calibração deste nutriente.
A parceria com a empresa privada foi fundamental na visão da pesquisadora para obtenção dos resultados empregando a técnica de agricultura de precisão, sem a qual, segundo ela, não seria possível chegar a essa conclusão. Ziany avaliou, com base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que nos últimos 30 anos – período de 1980 a 2010/2011, enquanto a área plantada com algodão no Brasil foi reduzida de 4 milhões de hectares para 800 mil hectares, a produção cresceu em proporções similares, saindo de 500 para 4.100 quilos por hectare, graças ao emprego de novas tecnologias.
Joana Silva(MTb 19554)
Embrapa Instrumentação
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