Projeto tem o intuito de prestar assistência técnica na melhoria e manutenção
do gramado do Vermelhão da Colina (Foto: Caroline de Oliveira) |
Um dos personagens principais da última temporada deve sofrer modificações importantes para os próximos jogos do União Frederiquense de Futebol. Não, não estamos falando em jogadores, comissão técnica e nem mesmo da diretoria, o caso em questão é o gramado do Vermelhão da Colina, cedido pelo Esporte Clube Itapagé e que passará por uma série de procedimentos voltados a sua melhoria, através do projeto “A agricultura de precisão entra em campo”, uma parceria entre Universidade Federal de Santa Maria, campus de Frederico Westphalen com o clube e que tem como intuito prestar assistência técnica na melhoria e manutenção do gramado do campo onde são realizados os jogos.
– Voluntariamente, uma equipe de aproximadamente 24 pessoas, entre elas professores e acadêmicos dos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal da UFSM, campus de FW, estão engajados no sentido de melhorar a qualidade química e física do solo e recuperação do gramado do campo do Itapagé de maneira a dar as melhores condições técnicas possíveis–, afirmou o coordenador do projeto, professor do curso de Agronomia, doutor Antônio Luis Santi.
Para conseguir ganhos qualitativos ainda para essa temporada – que inicia em março –estão sendo empregadas técnicas de agricultura de precisão, já utilizadas em lavouras da região, para conhecer a variabilidade química e física do solo e poder intervir aplicando mais ou menos calcário, fósforo, potássio e nitrogênio, conforme as necessidades de cada metro quadrado do gramado.
Alunos realizando a primeira etapa do processo (Foto: Divulgação Web)
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No último dia 17 de novembro, foram coletadas 100 amostras de solo no campo e agora estão em processo de análises no laboratório da UFSM. Essas técnicas ainda permitem prever outras intervenções, de acordo com o resultado das análises de solo.
Esse projeto é pioneiro no Brasil usando tais estratégias. “Nosso tempo de trabalho é curto, menos de 90 dias para a próxima temporada, e há muita coisa que podemos melhorar, então decidimos usar a tecnologia para melhorar a qualidade do gramado e ajudar o União a chegar à primeira divisão”, explicou Santi.
Os planejamentos de melhorias são a curto, médio e longo prazo, envolvendo intervenções semanais, com correção do relevo do campo, adubações, corte de grama e também troca da grama nas goleiras.
Acadêmicos realizam segunda etapa do projeto (Foto: Caroline de Oliveira)
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Para o acadêmico do 6º semestre de Agronomia, da UFSM/Cesnors, Mateus Bisognin, o desenvolvimento do projeto busca contribuir com a parte social, contribuindo para a sociedade. “Dentro da agricultura de precisão, queremos desmistificar a teoria que ela só é utilizada com grandes tecnologias, e em grandes propriedades, com maquinário pesado. Nós estamos trabalhando com poucos equipamentos, e mais com o uso de técnicas e relacionando solo, planta, fazendo isso em pequenas áreas", finalizou.
Irrigação – além dessas atividades, já está sendo trabalhada a implantação de um sistema de irrigação do gramado e, futuramente, de drenagem. A irrigação servirá para a operação de manutenção, permitindo aplicar sobre o gramado a quantidade de água exata para a plena satisfação das necessidades hídricas do vegetal, proporcionando o seu desenvolvimento e uma grande produção de massa verde. “Conseguimos fazer isso com eficiência usando sistemas de irrigação escamoteável e portátil, que além da aplicação correta da lâmina de água, proporciona grande racionalização de uso da água e energia elétrica” explicou o professor especialista da área, doutor Renato Beppler Spohr.
Voluntariado: parceria em prol do União
Parte da equipe envolvida no projeto (Foto:
Divulgação Web)
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De acordo com o professor, doutor
Edison Bisognin Cantarelli, responsável pelo planejamento e finanças do clube,
todas as ações para serem viabilizadas ou dependem do serviço voluntário ou da
parceria dos empresários e dos patrocinadores.
– A perfuração do poço artesiano
é fundamental e já foi iniciado o processo de licenciamento ambiental. Estamos
buscando parceiros para viabilizar estes custos. A empresa Leão Poços de
Chapecó irá fazer a perfuração do poço, a Cotrifred vai patrocinar os insumos
(adubo, calcário, ureia) e ainda precisamos de patrocínio para os equipamentos
de irrigação. Todos são importantes. O espírito comunitário e a força da
torcida são determinantes para chegarmos à primeira divisão. Também precisamos
ressaltar que a direção do Itapagé é parceira nesse trabalho. Eles são os
proprietários, gestores do estádio e tem dado todo o apoio necessário –,
revelou.
Fotos: Caroline de Oliveira e
divulgação
Crédito: Daiane Binello/Jornal O Alto
Uruguai
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